
Prevenção contra o câncer de útero
A vacina HPV foi introduzida no Calendário Nacional de Vacinação como uma estratégia de saúde pública com o objetivo de reforçar as atuais ações de prevenção do câncer do colo do útero. A vacinação, conjuntamente com as atuais ações para o rastreamento do câncer do colo do útero, possibilitará prevenir essa doença nas próximas décadas, que representa hoje a quarta principal causa de morte por neoplasias entre mulheres no Brasil. Ressalta-se que esta é uma vacina incluída na rotina do SUS.
A vacinação contra o HPV no SUS iniciou-se em 10 de março deste ano e, até o momento 1381 meninas foram vacinadas. Para a 2ª dose, que se iniciaria em 1º de setembro de 2014, é necessário que todos os esforços sejam empreendidos para que altas coberturas vacinais sejam alcançadas, uma vez que a segunda dose da vacina é fundamental para garantir a proteção da adolescente até o recebimento da 3ª dose.
O HPV é um vírus que apresenta mais de 150 genótipos diferentes, sendo 12 deles considerados oncogênicos e associados a neoplasias malignas do trato genital, enquanto os demais subtipos virais estão relacionados a verrugas genitais e cutâneas. A principal forma de transmissão do HPV é por via sexual, que inclui contato oral-genital, genital-genital ou mesmo manual-genital. Embora tenha baixa frequência, pode ocorrer infecção por sexo oral.
O Ministério da Saúde adotou Vacina papilomavírus humano 6, 11, 16 e 18 (recombinante)
vacina HPV que confere proteção contra HPV de baixo risco (HPV 6 e 11) e de alto risco (HPV 16 e 18). A vacina tem maior evidência de proteção e indicação para pessoas que nunca tiveram contato com o vírus. A vacina HPV é destinada exclusivamente à utilização preventiva e não tem efeito demonstrado ainda nas infeções pré-existentes ou na doença clínica estabelecida. Cabe lembrar que vacinação é uma ferramenta de prevenção primária e também não substitui o rastreamento do câncer, pois a vacina não confere proteção contra todos os subtipos oncogênicos de HPV. Da mesma forma, a vacina não confere proteção contra outras doenças sexualmente transmissíveis e, por isso, a importância do uso do preservativo em todas as relações sexuais. O Ministério da Saúde adotou o esquema vacinal estendido, composto por três doses (0, 6 e 60 meses).
O objetivo da vacinação contra HPV no Brasil é prevenir o câncer do colo do útero, refletindo na redução da incidência e da mortalidade por esta enfermidade. A meta é vacinar 80% da população alvo, meninas na faixa etária de 11 a 13 anos de idade em 2014. IMPORTANTE: meninas que receberam a primeira dose aos 13 anos de idade e já completaram 14 anos deverão receber a segunda dose.
A vacina HPV é contraindicada e, portanto, não deve ser administrada nas adolescentes:
- Com hipersensibilidade ao princípio ativo ou a qualquer um dos excipientes da vacina;
- Com história de hipersensibilidade imediata grave a levedura (raro); ou,
- Que desenvolveram sintomas indicativos de hipersensibilidade grave após receber uma dose da vacina HPV.
- A vacina não é indicada em gestantes, uma vez que não há estudos conclusivos em mulheres grávidas até o presente momento. Se a menina engravidar após o início do esquema vacinal, a dose subsequente deverá ser adiada até o período pós-parto.
Fonte: Coordenação de Imunização/Epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde
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