
Em 1990, o PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) que é uma Organização das Nações Unidas, introduziu universalmente o conceito de Desenvolvimento Humano, que parte do pressuposto de que para aferir o avanço na qualidade de vida de uma população é preciso ir além do viés puramente econômico e considerar três dimensões básicas: renda, saúde e educação. Esse conceito é a base do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e do Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH), publicado anualmente pelo PNUD.
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é uma medida resumida do progresso a longo prazo em três dimensões básicas do desenvolvimento humano: renda, educação e saúde. O objetivo da criação do IDH foi o de oferecer um contraponto a outro indicador muito utilizado, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita, que considera apenas a dimensão econômica do desenvolvimento. Criado por Mahbub ul Haq com a colaboração do economista indiano Amartya Sen, ganhador do Prêmio Nobel de Economia de 1998, o IDH pretende ser uma medida geral e sintética que, apesar de ampliar a perspectiva sobre o desenvolvimento humano, não abrange nem esgota todos os aspectos de desenvolvimento. Esta média, vai de 0 a 1 e quanto mais perto do número 1, mais desenvolvido o município encontra-se.
Em coletiva de imprensa realizada no dia 29 de julho, o PNUD distribuiu para os jornalistas o novo IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal), que servirá para que os gestores públicos municipais brasileiros, seus cidadãos, acadêmicos, a imprensa e tantos outros atores protagonistas do desenvolvimento humano no país possam identificar as carências e propor ações para o crescimento dos municípios.
De maneira geral, o desenvolvimento humano de um município, pode ser interpretado de acordo com a pontuação obtida no IDHM conforme a seguir:
- de 0.000 até 0.499 - Muito baixo desenvolvimento humano;
- de 0.500 até 0.599 - Baixo desenvolvimento humano;
- de 0.600 até 0.699 - Médio desenvolvimento humano;
- de 0.700 até 0.799 - Alto desenvolvimento humano;
- acima de 0.800 - Muito alto desenvolvimento humano.
Muitos são os cruzamentos que as tabelas podem proporcionar, porém, o Site Mídia Mineira, propôs um estudo do IDHM, focado na Zona da Mata Mineira e principalmente no município de Cataguases.
O resultado do município de Cataguases, é considerado de Alto Desenvolvimento Humano, com pontuação igual a 0,751, ficando em 526º lugar no ranking entre todos os 5.565 municípios brasileiros analisados.
Já em relação a Zona da Mata Mineira, Cataguases ocupa a 3ª posição entre os 143 municípios analisados, perdendo apenas para Juiz de Fora e Viçosa.
Porém, se considerarmos os índices em separado, em relação a renda por exemplo, Cataguases é apenas o 8º, perdendo para cidades como Chiador, Bicas e Estrela Dalva. Em relação a longevidade (tempo em que a pessoa vive) a cidade está em 10º. Já em relação a educação, o município é o 4º da Zona da Mata, ficando atrás apenas de Juiz de Fora, Santos Dumont e Viçosa, todas cidades com Campus de Universidades Federais.
O pior índice de Cataguases, está na educação, (0,685), considerado de médio desenvolvimento humano. Concluí-se portanto que maiores investimentos nesta área, poderá elevar a posição do município nos próximos anos.
Juiz de Fora é o município da Zona da Mata que possui o maior índice de desenvolvimento humano (0.778) e o pior município é Araponga (Microrregião de Viçosa), que obteve o índice: 0,536
Veja abaixo o ranking completo com todos os municípios da Zona da Mata Mineira:
Ranking IDHM da Zona da Mata - Educação
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