
No caso dos médicos, o Projeto de Lei nº 20/2013 veio para tentar solucionar um impasse criado pelo Ministério Público que cobrava da classe a observância de 20 horas de trabalho conforme lei em vigor, porém, desde 2006 que um acordo verbal entre médicos e o executivo permitia a redução da carga horária como forma de compensar o baixo salário pago pelo município. O Ministério Público no entanto, considerou que a lei deveria ser cumprida, uma vez que não foi formalizado nenhum acordo por escrito e abriu um processo exigindo a restituição por parte dos médicos das horas não trabalhadas. Alguns médicos, se sentindo acusados injustamente e sem condições de cumprir as 20 horas semanais exigidas, preferiram se afastar do atendimento no SUS até que o caso fosse resolvido para não continuar gerando ônus.
O referido projeto, mudou a carga horária de 20 horas para 6 horas semanais para todos os médicos especialistas, vinculado à administração pública do município de Cataguases, exceto aos médicos integrantes do Programa Saúde da Família (PSF), por se tratar de ação Federal.
Debates
Com a presença do Secretário Municipal de Saúde, Dr. Alexandre Castelar de Lacerda, todos os vereadores, consideraram importante a mudança da lei, para solucionar o impasse e permitir que os médicos voltassem a atender a população. O vereador Serafim Couto Spíndola (PRP) no entanto, reclamou do executivo enviar o projeto em cima da hora para a Câmara com pedido de urgência, pois segundo ele, estaria "Empurrando goela abaixo o projeto para os vereadores aprovarem", explicando que o projeto continha alguns erros como não mencionar qual lei estaria sendo revogada e que muitos vereadores não tiveram tempo de estudar melhor o caso.

Também o vereador Geraldo Majella, refutou a afirmação de Serafim, pois conforme explicou, ele já havia se inteirado do fato e conversado com alguns médicos para ter uma opinião a respeito.


Em sinal de protesto, no momento em que foi colocado em votação do parecer, o vereador Serafim tentou se abster mas o vereador Geraldo Majella citou o artigo 226 do Regimento Interno, que diz que "o vereador presente a sessão não poderá escusar-se de votar...", Serafim então votou contra o parecer que foi aprovado por 14 votos a 1.

Na votação, Serafim achou por bem acatar o pedido de Titoneli e o projeto acabou sendo aprovado por unanimidade. Disponibilizaremos em breve, vídeo com trechos desse debate e com as palavras do Secretário Municipal de Saúde Dr. Alexandre Castelar de Lacerda e de alguns médicos.
Professores:
O Sindicato dos Professores, foi assistir a sessão com uma mordaça na boca, pois considerou que o segundo projeto da noite, o P.L.18/2013, que prevê a redução de vários cargos e criação de outros, não passou pelos conselhos e sindicatos para discussão.

Projetos do Legislativo:

De igual forma, foi aprovado o Projeto de Resolução da Mesa Diretora que dispõe sobre o Orçamento do Legislativo para 2014.
O Projeto, fixa as despesas da Câmara para o próximo ano em R$ 4.350.000,00 (quatro milhões, trezentos e cinquenta mil reais) com base nas despesas realizadas de janeiro a julho de 2013 e deve ser enviado ao executivo até 31 de agosto, por este motivo foi solicitado a urgência e após votação foi aprovado por unanimidade.
Grande Expediente:
Falaram no grande expediente o Sr. João Batista lavecchia Groppo que declamou uma poesia com solicitações para o município e também o vereador Geraldo Majella Mazini que ponderou diversos pontos que foram apontados contra o executivo na última sessão. O discurso do vereador acabou sendo contestado pelo vereador Serafim que entendeu que as criticas de Majella eram direcionadas a ele, gerando um pequeno debate no fim do grande expediente. No intuito de sermos fieis ao ocorrido, optamos por colocar o discurso dos dois vereadores na íntegra amanhã aqui no site Mídia Mineira.
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