Aconteceu ontem (15), a tão esperada reunião extraordinária, convocada pelo prefeito José César Samor, Cesinha, para expor a real situação do município de Cataguases e tentar amenizar as duras críticas que vinha sofrendo em relação aos primeiros 100 dias de governo.
Após lhe ser franqueada a palavra, Cesinha passou para o Secretário Municpal de Finanças de Cataguases, Sr. Paulo Sérgio Ferreira de Souza, conhecido como Paulete que mostrou um grosso balanço realizado pela prefeitura explicando que não havia disponibilizado com antecedência, porque o fechamento ocorre no dia 31 de março.
Durante a leitura do resumo, ouvido com muita atenção por todos, o secretário explicou que a dívida fundada do município (financiamentos a longo prazo) está em R$ 9.269.396,35 composta por dívidas do município, oriundas de várias administrações anteriores sendo: R$ 1.839.715,70 à COPASA, R$ 1.660.155,46 para o FGTS, R$ 5.014.999,01 do INSS, R$ 86.130,23 do IPSEMG, R$ 402.539,18 de Pró Saneamento (Romualdinho), R$ 203.241,42 Pró Saneamento (Casas) e R$ 62.615,35 do Pró Moradia.
Somando a dívida fundada com a dívida a curto prazo, o município deve um total de 15.921.132,86 sendo que segundo o relatório apresentado, a disponibilidade financeira é de apenas 78.663,10, gerando um desequilibrio fiscal de: 15.842.469,76.

Paulete explicou, que a atual administração, já está tomando providências para sanear esta dívida. Uma delas é que nenhuma secretaria está autorizada a gastar sem aprovação do prefeito e a principal atitude, será a cobrança da dívida ativa do município, que hoje está em R$ 19.411525,18. Outra atitude importante, será a realização de concurso público e a dispensa de funcionários excedentes que hoje trabalham para a Prefeitura Municipal de Cataguases.
O Secretário também fez questão de frisar que não estava lá para acusar este ou aquele prefeito, uma vez que a dívida não veio apenas de uma administração, e sim para mostrar a condição atual.
Após a leitura e explicação do relatório, os vereadore Serafim Couto Spindola (PRP) e José Augusto Titoneli (PV), ressaltaram que embora a dívida do município tenha aumentado, o orçamento também aumentou e muito, pois quando a última administração assumiu, o orçamento ficava em torno de 54 milhões e hoje já está por volta de 98 milhões, o que colocaria, em termos percentuais, a divida de hoje menor que a de antes. O secretário porém, contestou pois o orçamento não é receita concreta e sim estimada, podendo no fim a prefeitura receber bem menos que o valor previsto.
O vereador Antônio Batista Pereira, perguntou quanto da dívida ficará após a atual administração, porém, Paulete disse que cada uma tem um prazo e que ele teria que passar para o vereador por escrito.
Outra questão importante, foi levantada pelo vereador Geraldo Majela Mazini (PT), que indagou sobre a questão da venda dos terrenos para compra do Cine Teatro Edgar, que conforme o relatório, o dinheiro não constava mais. O vereador Serafim lembrou que embora a venda dos terrenos tenha sido para este fim, a lei aprovada, não constava este objetivo, podendo o administrador fazer outro uso do dinheiro, porém Majela discordou, dizendo que embora não estava na lei, havia compromissos do prefeito junto a jornais e ao IPHAN e que conforme Serafim sempre disse, se está escrito é compromisso.
Assista o vídeo com a explicação do relatório pelo secretário:
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