ÁUDIO: Cem dias de governo provoca discussões entre vereadores de Cataguases, o prognóstico não é bom nem lá e nem aqui, desabafa Mauricio Rufino.

Depois dos discursos dos vereadores Titoneli, Serafim e Majela na tribuna da câmara, outros vereadores também se manifestaram em relação aos cem dias de governo do executivo. Walmir Linhares (PSDB) manifestou sua indignação em relação a equipe do executivo, citou o Secretário de Indústria e Comércio, Ângelo Cirino e completou: “Nós só vamos construir um canal de negociação quando nós sairmos do palanque e passar a agir na prática.”  “Nós não estamos vendo ação e o povo espera dessa casa! Não é aceitável, cem dias tanto do legislativo e tanto do executivo sem mostrar nenhuma ação para construirmos uma Cataguases melhor”.

O vereador Michelângelo Correa (PSDB), se manifestou em seguida e traçou um paralelo como se a atual gestão fosse um paciente para dizer que o prognóstico da cidade, continuando como está, não será bom e lembrou que o presidente Fernando Pacheco tentou ajudar na secretaria de saúde e não encontrou respaldo, citou também a secretaria de esportes e as desavenças que já aconteceram. “O prognostico não é bom, haja visto que o prefeito e o vice-prefeito não estão harmônico entre si. O que nós podemos esperar com toda essa desunião?”

Outro vereador a solicitar a palavra, foi o vereador do PT, Mauricio Rufino, que em tom de desabafo, utilizou as palavras de Michelângelo para dizer que o prognóstico não era bom também no legislativo. “Antes de a gente falar do lado de lá, a gente tem de olhar para nós mesmos” e desabafou dizendo que havia sido ofendido, afirmando que alguém o teria chamado de “maconheiro”, que a Câmara só não havia virado caso de polícia por opção dos ofendidos. “Antes de criticarmos o outro, por favor, vamos corrigir nossos erros aqui dentro e vamos pelo o amor de Deus, melhorar o nosso comportamento uns com os outros e com os funcionários dessa casa, porque a situação está ruim e o prognóstico também não é bom para o futuro.”

Essa fala de Rufino, gerou indignação por parte do vereador José Augusto Titoneli (PV) que prestou solidariedade ao desabafo do vereador Mauricio Rufino e disse que tomaria providências e reforçou dizendo que: “O prognóstico não é bom, mas depois de feita uma anamnese a gente percebe que o mal não vem daqui.” Disse que cada um que estava ali estava pelo voto do povo, que ele estava trabalhando, cumprindo com o seu dever e que ele não poderia ser tachado de desagregador. Titoneli também se referiu ao discurso de Majela, dizendo que deveria haver união, mas subserviência nunca e que entendia que o papel do vereador é legislar, fiscalizar e ser transparente e que ele honrava cada voto recebido, que iria defender com dignidade cada habitante de Cataguases. “Eu não vou lá no Cesinha pedir exames para diabéticos, não vou defender meus velhinhos, porque eu defendo é todos, os diabéticos, os cancerígenos, a grávida, os desvalidos, é o novo, é o velho e é o jovem! Esse é meu papel, o papel de defender a comunidade, o povo e esse poder legislativo que eu honro e gosto de estar aqui.”

Um momento tenso foi quando o vereador Geraldo Majela do PT, tentou falar dizendo que gostaria de tranquilizar Titoneli que não aceitou e disse que não precisava deixá-lo tranquilo interrompendo a fala do vereador Majela que por fim desabafou: “Quando vossa excelência falou, eu esperei, agora vossa excelência não quer me ouvir” “Já que vossa excelência não deixa eu falar e quer tumultuar minha palavra, peço desculpas a todos de não poder falar porque vossa excelência não deixa.”

Ouça o áudio do debate:

4/11/2013 12:14:00 PM