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    Sicred Natal Magalu
    sexta-feira, 31 de outubro de 2025

    Campo centenário do Olaria é inundado de esgoto no bairro Justino

    Estrutura com 97 anos de história ficou inutilizável depois de transbordamento no sistema de esgotamento sanitário em Cataguases




    Um problema na rede de esgotamento sanitário transformou o tradicional Campo do Olaria, localizado no bairro Justino, em Cataguases, em uma área alagada por dejetos. O espaço esportivo, que completou 97 anos de existência, precisará passar por obras de recuperação antes de voltar a receber os frequentadores.

    Um morador da região registrou imagens do local completamente coberto por água contaminada. De acordo com relatos dos residentes, o transbordamento teria ocorrido porque a rede instalada fica posicionada abaixo da elevatória, fazendo com que o esgoto retornasse após as precipitações registradas recentemente na cidade.

    A situação gerou revolta entre os moradores, que afirmam ter alertado sobre possíveis problemas durante a execução das obras de saneamento. Segundo eles, houve solicitação para instalação de uma galeria no momento da construção, pedido que não foi atendido. A área possui várias residências no entorno e um loteamento nas proximidades.

    A Copasa, responsável pelo sistema de esgotamento sanitário na região, foi procurada para esclarecimentos sobre o ocorrido. A companhia confirmou que equipes técnicas foram acionadas e realizaram intervenções no local.


    Segundo a empresa de saneamento, o extravasamento teve como causas principais o descarte inadequado de resíduos sólidos nas tubulações e o lançamento irregular de água da chuva na rede de esgoto. A combinação desses fatores com o volume de precipitações teria provocado o colapso temporário do sistema.

    A companhia informou que, após os reparos, tanto a rede de esgoto quanto a estação de bombeamento voltaram a funcionar dentro da normalidade. Quanto ao acúmulo de água observado no campo de futebol, a Copasa esclareceu que a drenagem de águas pluviais não está sob sua responsabilidade.

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    A empresa reforçou orientações sobre o uso adequado da rede coletora, destacando que objetos sólidos, lixo e água de chuva não devem ser direcionados ao sistema de esgotamento. Essas práticas inadequadas são apontadas como principais causadoras de obstruções e transbordamentos.

    Para os moradores, o episódio representa a primeira vez que o campo sofre com esse tipo de problema em quase um século de história. A estrutura esportiva, que faz parte da memória afetiva da comunidade local, aguarda agora por trabalhos de limpeza e readequação.

    O caso reacende o debate sobre infraestrutura urbana e planejamento de obras de saneamento em áreas densamente povoadas. A recuperação do Campo do Olaria ainda não tem prazo definido para conclusão.


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    Confira a seguir a resposta da Copasa na íntegra:

    A Copasa informa que todas as medidas necessárias já foram adotadas pelas equipes técnicas para solucionar a ocorrência registrada nas proximidades do Campo do Olaria, no bairro Justino, em Cataguases, relacionada ao sistema de esgotamento sanitário.

    No local, foi identificado um extravasamento de esgoto provocado pelo uso inadequado da rede, com descarte de resíduos sólidos nas tubulações, além do agravamento causado pelas chuvas recentes, devido ao lançamento irregular de águas pluviais no sistema.

    Após as intervenções realizadas, a rede de esgoto e a unidade de bombeamento operam normalmente. Quanto ao volume de água observado no campo, a Companhia esclarece que não é responsável pela captação e drenagem de águas pluviais.

    A Copasa reforça a importância do uso correto da rede de esgoto, orientando a população a não descartar resíduos sólidos nas tubulações, não utilizar o vaso sanitário como lixeira e não direcionar águas pluviais à rede de esgoto. Essas ações são fundamentais para evitar entupimentos e extravasamentos.

    A Companhia destaca ainda que o apoio da população é fundamental. Por isso, orienta os moradores a registrarem ocorrências pelos canais de atendimento, informando o endereço completo, para que as equipes possam atuar com mais agilidade.

    Os canais disponíveis para atendimento são: site www.copasa.com.br; aplicativo “Copasa Digital”, disponível para Android e iOS; ou atendimento telefônico, por meio do número 0800 0300 115. Há ainda o WhatsApp da Copasa (31 9 9770-7000), e web chat no site, que funcionam de segunda a sexta, das 8h às 18h, e aos sábados, domingos e feriados (exceto nacionais) das 8h às 12h.

    Por Mídia Mineira.

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    Cama quebra e cai sobre fratura de paciente no Hospital de Cataguases

    Episódio expõe problemas estruturais e de manutenção na unidade hospitalar que enfrenta crise há anos




    Um incidente ocorrido na tarde desta quinta-feira, 30 de outubro, acendeu novamente o sinal de alerta sobre as condições do Hospital de Cataguases. Um paciente, de 28 anos, internado no sétimo andar da unidade, que aguardava tratamento para uma fratura grave na perna com fixador externo, teve a cama hospitalar quebrada. A peseira do leito desabou diretamente sobre a área fraturada, causando dor intensa ao paciente.

    Apesar do susto e do desconforto adicional provocado pelo acidente, o paciente não sofreu complicações médicas decorrentes do episódio. Em contato com o site Mídia Mineira, ele destacou o bom atendimento recebido pela equipe de enfermagem, mas não deixou de registrar sua preocupação com a falta de manutenção nos equipamentos da unidade.

    O caso ilustra uma realidade que se arrasta no hospital há vários anos: a deterioração da infraestrutura e dos recursos materiais disponíveis para o atendimento à população. A quebra de uma cama hospitalar, equipamento básico em qualquer instituição de saúde, levanta questões sobre os procedimentos de manutenção preventiva e a qualidade dos materiais em uso.


    A situação financeira delicada do hospital não é novidade. Diante da gravidade do cenário, a gestão municipal optou pela intervenção no nosocômio no ano passado, pouco antes do calendário eleitoral. O que deveria ser uma medida temporária de seis meses se transformou em um processo bem mais longo do que o inicialmente previsto.

    Passados mais de dezesseis meses desde o início da intervenção, os problemas persistem. A medida foi prorrogada por duas vezes e agora está prevista para durar até outubro de 2025. A extensão sucessiva dos prazos demonstra que as dificuldades enfrentadas pela instituição são mais profundas do que se imaginava quando a decisão foi tomada.

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    Entre os fatores que contribuíram para o agravamento da crise, especialistas apontam a ausência de transparência na gestão dos recursos públicos destinados à saúde. O crescimento das despesas com folha de pagamento e a terceirização de setores também têm sido citados como elementos que comprometeram a qualidade dos serviços prestados à comunidade.

    A instabilidade administrativa trouxe consequências diretas para os profissionais. Recentemente, os médicos do Pronto Socorro sinalizaram a possibilidade de uma nova paralisação por conta de salários atrasados. A mobilização só foi contida após a promessa de que os pagamentos seriam efetuados no dia 5 de novembro.

    O papel do Ministério Público no acompanhamento da situação também tem sido objeto de debate. Alguns políticos questionam se a fiscalização sobre a unidade hospitalar mantém o mesmo rigor de períodos anteriores, quando a administração estava sob outra gestão, antes da intervenção comandada pela equipe do prefeito José Henriques.

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    A população de Cataguases segue na expectativa de que as sucessivas prorrogações do prazo de intervenção resultem, de fato, em melhorias concretas na qualidade do atendimento e na estrutura do hospital. Episódios como o da cama quebrada evidenciam que ainda há um longo caminho a percorrer para que a unidade recupere condições plenas de funcionamento.

    Nossa reportagem entrou em contato com a administração do Hospital de Cataguases solicitando um posicionamento, mas não obtivemos resposta.

    Por Mídia Mineira.

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    Cataguases reafirma sua vocação artística com a realização da II Semana de Arte

    Edição realiza primeiro ciclo de ações culturais entre os dias 14 e 15 de novembro, celebrando Humberto Mauro e propondo um olhar decolonial sobre o futuro


    Berço de um dos movimentos mais importantes da cultura brasileira, notadamente na primeira metade do século XX, Cataguases segue ocupando seu lugar como território de vanguarda e experimentação estética com a realização da segunda edição da Semana de Arte de Cataguases. Em 2025, o evento será norteado pelo tema Futuro Primitivo: por uma perspectiva decolonial e traz o audiovisual como eixo central para promover uma reflexão sobre o papel das artes na construção de novos imaginários sociais.

    O primeiro ciclo de atividades acontece em novembro de 2025, homenageando Humberto Mauro, o pai do cinema nacional, que há exatos cem anos lançou seu primeiro filme, Valadião, o Cratera. Considerado um filme perdido, dele restam apenas registros e uma fotografia preservada pela Cinemateca Brasileira. Estrelado por Eva Nil, a primeira atriz do cinema mineiro, o filme narra a história clássica de um herói que salva a mocinha das garras de um vilão, mas carrega consigo a simbologia do nascimento de uma linguagem cinematográfica que, em Cataguases, surgia com inventividade e paixão.

    São estes também os motores da programação da Semana de Arte. Entre os dias 14 e 15 de novembro, Cataguases recebe uma agenda gratuita, que contará com exibições de filmes, ações formativas, lançamento de livros, performances artísticas e apresentações musicais, voltadas tanto ao público em geral quanto a alunos da rede pública de ensino.


    As atividades começam na sexta-feira, 14 de novembro, no Centro Cultural Humberto Mauro (CCHM), com a apresentação da nova edição da Semana de Arte. Uma tarde de exibição, muita diversão e informação em diálogo aberto com a comunidade escolar sobre o tema “Futuro Primitivo”. Nessa ocasião será exibido o documentário Humberto Mauro, de André Di Mauro, em sessão voltada a alunos da rede pública, apresentando um pouco sobre a vida do grande pioneiro do cinema brasileiro. 

    As atividades continuam no final da tarde, com o lançamento dos livros Nunca sem poesia, de Ronaldo Werneck; O conto à meia-luz – O minimalismo e a obra de Adrino Aragão, de Joaquim Branco; e Do que eu não me esqueci, de Marcelo Silveira da Rocha. Na sequência, o público poderá assistir ao longa O silêncio de Eva, de Elza Cataldo, seguida de conversa com a cineasta.

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    No sábado, 15 de novembro, a população está convidada a visitar os estúdios do Animaparque, onde estarão montados sets de produções realizadas no Polo Audiovisual da Zona da Mata Mineira. Nesse mesmo dia, ocorre a mesa “Comunidade Criativa em Rede: Fabricando novos Futuros”, apresentada por Cesar Piva, do Instituto Fábrica do Futuro, e participação de Luciana Guilherme, da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM-RJ), e André Lira e Samuel Antunes, da Secretaria de Economia Criativa do Ministério da Cultura (MinC). 

    À noite, as atividades continuam no Anfiteatro Ivan Müller Botelho, no Instituto Energisa, com uma programação que integra cinema, performance e música. A abertura contará com a exibição do teaser Comunidade Criativa, produzido pelo Instituto Fábrica do Futuro. Em seguida, o Grupo de Pesquisa Girarte apresenta a performance Dança na Antiguidade, que antecede a exibição do curta Miranha, de Luiz Bolognesi, realizado em parceria com Zahy Tentehar. O diretor também conduzirá a fala “Ouvindo as vozes ancestrais”, seguida de uma conversa com André Di Mauro, Elza Cataldo e Claudio Santos, mediada por Vanessa Rodrigues. A noite se encerra com o show de Thaylis Carneiro, em um repertório de samba de raiz.

    A programação da Semana de Arte se estende por dezembro, com a exposição “Francisco Severino: no circo da vida — meio século de sonhos”, em comemoração aos 50 anos de carreira do artista, no Centro Cultural Humberto Mauro. Já no primeiro semestre de 2026, estão previstas ações mensais em fevereiro, março, abril e maio — com mostras audiovisuais, oficinas, performances e mesas de debate — que prepararão o terreno para o grande encontro de junho de 2026, quando a programação completa ocupará a cidade por uma semana inteira de experiências e reflexões sobre novos modos de criação e convivência.

    Para Mariela Oliveira e Marcus Diego, idealizadores da Semana, a proposta nasce de uma provocação essencial: como as artes — e especialmente o cinema brasileiro — podem enfrentar, denunciar e ressignificar as múltiplas crises do nosso tempo? “Adotar uma perspectiva decolonial é reconhecer as vozes e práticas historicamente silenciadas pelos processos de colonização e modernização acelerada”, afirmam. “A ideia de futuro primitivo sugere um retorno à sabedoria dos modos de vida ancestrais — indígenas, quilombolas, ribeirinhos e periféricos — que colocam a natureza no centro da experiência humana. Por isso, a programação estimula o diálogo entre arte, espiritualidade, oralidade, agroecologia e cuidado coletivo, reconhecendo nesses saberes a potência para reinventar as formas de convivência e criação”, afirmam.

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    Programação completa da Semana de Arte de Cataguases – novembro de 2025

    14 de novembro (sexta-feira)
    Local: Centro Cultural Humberto Mauro (Rua Coronel Vieira, 10, Centro)
    • 15h - Apresentação da nova edição da Semana de Arte e diálogo aberto com a comunidade escolar sobre o tema “Futuro Primitivo”.
    • 15h30 – Exibição do documentário Humberto Mauro, de André Di Mauro, para estudantes das escolas públicas, com recepção realizada pelo Projeto Girarte, também patrocinado pelo Grupo Bauminas
    Dirigido por seu sobrinho-neto, André Di Mauro, o filme-tributo conta a vida e a obra desse pioneiro do cinema brasileiro e latino-americano, que produziu, a partir da década de 1930, mais de 300 curtas, médias e longas-metragens — muitas vezes criando seus próprios recursos técnicos para vencer as adversidades.
    • 17h30 – Lançamento de livros: Nunca sem poesia, de Ronaldo Werneck; O conto à meia-luz – O minimalismo e a obra de Adrino Aragão, de Joaquim Branco; e Do que eu não me esqueci, de Marcelo Silveira da Rocha. Os lançamentos são uma iniciativa do Instituto Energisa e da Fundação Ormeu Junqueira Botelho.
    • 19h30 – Exibição do filme O Silêncio de Eva, com presença da diretora Elza Cataldo
    O Silêncio de Eva resgata a história de Eva Nil, estrela do cinema mudo brasileiro que abandonou a carreira no auge e caiu no esquecimento. A atriz Inês Peixoto percorre sua trajetória, revive cenas perdidas e investiga os silêncios de uma mulher à frente de seu tempo. Com linguagem poética, o documentário é um tributo à memória do cinema, à força feminina por trás das telas e às histórias apagadas que merecem ser contadas.

    15 de novembro (sábado)
    Local: ANIMAPARQUE (Rua Raul Cisneiros Guedes, 193 – Guanabara)
    • 14h – Visita aos estúdios do ANIMAPARQUE com sets de produção do filme “Pinguim Tupiniquim”, uma coprodução da Coala Filmes (São Paulo) e Stúdio Mundiça (Cataguases); da Fábrica do Futuro LAB 2C com os curtas “Humberto Mauro”, “Maria Alcina” e “Ary Barroso”. (Iniciativa do Instituto Fábrica do Futuro, instituição parceira da segunda Semana de Arte de Cataguases).
    • 15h – Mesa: “Comunidade Criativa em Rede: Fabricando Novos Futuros”, apresentada por Cesar Piva, do Instituto Fábrica do Futuro, e participação de Luciana Guilherme, da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM-RJ), e André Lira e Samuel Antunes, da Secretaria de Economia Criativa do Ministério da Cultura (MinC). 
    Local: Anfiteatro Ivan Müller Botelho / Energisa (Av. Astolfo Dutra, 41, Centro)
    • 19h às 19h30 – Apresentação da segunda Semana de Arte de Cataguases e exibição do teaser “Comunidade Criativa”, produzido pelo Instituto Fábrica do Futuro. Logo após, performance coreográfica “Dança na Antiguidade”, com o Grupo de Pesquisa Girarte.
    • 19h30 às 20h – Exibição do curta Miranha, de Zahy Tentehar e Luiz Bolognesi, seguido de exposição oral “Ouvindo as vozes ancestrais”, com Luiz Bolognesi
    O filme revisita o sequestro, no século XIX, de uma jovem indígena miranha por cientistas alemães — episódio que evidencia a violência simbólica e material da ciência colonial. Dirigido por Zahy Tentehar, roteirista, diretora e atriz indígena, em parceria com Luiz Bolognesi, o curta foi rodado na floresta amazônica e contrapõe as relações coloniais de exploração à perspectiva contemporânea das populações originárias. 
    • 20h – Conversa com os participantes e convidados Luiz Bolognesi, André Di Mauro, Elza Cataldo e Claudio Santos, mediada por Vanessa Rodrigues, e aberta para toda população.
    • 21h – Show de Thaylis, com repertório de samba raiz.
    Em seus eventos preparatórios, a II SEMANA DE ARTE DE CATAGUASES — FUTURO PRIMITIVO: POR UMA PERSPECTIVA DECOLONIAL conta com patrocínio do Grupo Bauminas através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais (CA 2024.3807.0089). Apoio da Fundação Bauminas, Instituto Energisa, Grupo Energisa. Parceria Instituto Fábrica do Futuro, Animaparque, Polo Audiovisual da Zona da Mata Mineira. A realização é do Studio Catá Arquitetura e do Governo do Estado de Minas Gerais.

    Para acompanhar a programação completa da II Semana de Arte de Cataguases siga o instagram @_CATARTE_

    Acompanhe também o instagram do Projeto Fábrica do Futuro – Lab2C: @laboratorio.2c

    Por Núdia Fusco / Assessoria de Imprensa

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    Após operação com 121 mortos, União envia peritos e governadores criam consórcio de segurança

    Governo federal mobiliza equipe de perícia enquanto estados anunciam integração para combater criminalidade organizada


    A megaoperação policial realizada nos complexos do Alemão e da Penha, que resultou em 121 óbitos, desencadeou uma série de medidas emergenciais nos âmbitos federal e estadual. A mobilização inclui o envio de peritos da Polícia Federal, a criação de um escritório emergencial e o anúncio de um consórcio interestadual voltado para o combate ao crime organizado.

    O ministro da Justiça e Segurança Pública anunciou o deslocamento de 20 peritos criminais da Polícia Federal para reforçar os trabalhos de investigação no Rio de Janeiro. Os profissionais atuarão em análise de locais de crimes, balística, genética forense para identificação de DNA, medicina legal e necrópsia. Além desses especialistas, o governo prevê a mobilização de 10 a 20 peritos da Força Nacional de Segurança Pública para auxiliar nas perícias.

    O efetivo técnico foi disponibilizado após reunião realizada no Palácio Guanabara, que estabeleceu a criação de um escritório emergencial de combate ao crime organizado. A estrutura visa agilizar a comunicação entre as forças federais e estaduais de segurança durante o período de crise. Segundo autoridades, o número de peritos pode ser ampliado conforme a necessidade dos trabalhos de investigação.

    O Instituto Médico Legal do Rio de Janeiro confirmou que já identificou 100 das 121 vítimas fatais registradas durante a Operação Contenção. Todos os corpos passaram por necropsia, mas os laudos completos devem ser divulgados apenas em um prazo de 10 a 15 dias úteis. Até o momento, foram liberados para sepultamento os corpos de 60 pessoas.


    Parlamentares que realizaram diligência no IML cobraram a divulgação de uma lista com os nomes de todos os mortos já identificados. A direção do instituto informou que essa divulgação depende de autorização da Secretaria de Polícia Civil. A demora na liberação das informações gerou questionamentos sobre os motivos da retenção dos dados.

    Em movimento paralelo, sete governadores anunciaram a criação do "Consórcio da Paz", projeto de integração entre estados para troca de informações de inteligência, apoio financeiro e compartilhamento de contingente policial no combate ao crime organizado. A reunião ocorreu no Palácio Guanabara e contou com a participação dos chefes dos executivos estaduais do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Goiás, além da vice-governadora do Distrito Federal e do governador de São Paulo por videoconferência.

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    O Rio de Janeiro será a sede inicial do consórcio e ficará responsável por organizar o processo de formalização do grupo. Os participantes afirmaram que, embora a iniciativa seja liderada por gestores com alinhamento político semelhante, a intenção é incluir todos os estados da federação. A proposta prevê o compartilhamento de experiências, empréstimo de material humano e aquisição consorciada de equipamentos para as forças de segurança.

    Durante o encontro, os gestores estaduais criticaram a Proposta de Emenda à Constituição da Segurança Pública enviada pelo governo federal ao Congresso em abril de 2025. Um dos governadores presentes afirmou que o objetivo da PEC seria centralizar as diretrizes da segurança pública no Ministério da Justiça, reduzindo a autonomia dos estados. O governo federal, por sua vez, defende que a proposta mantém as autonomias das forças estaduais e distrital.

    A iniciativa do consórcio assemelha-se a um pacto firmado em 2023 no âmbito do Consórcio de Integração Sul e Sudeste, quando sete estados se comprometeram a criar um gabinete integrado de segurança pública para compartilhar informações de inteligência. A proposta anterior também incluía capacitação conjunta de agentes, compra compartilhada de equipamentos e apoio ao endurecimento da legislação penal.

    O governo federal anunciou ainda o aumento do efetivo da Polícia Rodoviária Federal em 50 agentes nas estradas do Rio de Janeiro e o reforço no número de agentes de inteligência atuando no estado. Atendendo a solicitação estadual, a União já autorizou a transferência de dez presos para presídios federais de segurança máxima.

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    A Operação Contenção, realizada na terça-feira com cerca de 2.500 agentes das Polícias Civil e Militar, teve como objetivo cumprir mandados de prisão contra lideranças do Comando Vermelho nos complexos do Alemão e da Penha. A ação resultou em 121 mortes, incluindo quatro policiais, e é considerada a mais letal da história do país, superando o massacre do Carandiru, que deixou 111 mortos em 1992.

    O Ministério Público do Rio de Janeiro informou que enviará técnicos ao IML para realizar perícia independente nos corpos. A ONU demandou que as investigações sigam normas internacionais de direitos humanos. Organizações da sociedade civil manifestaram preocupação com a letalidade da operação e cobraram transparência no processo de apuração das circunstâncias das mortes.

    Por Mídia Mineira.

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    Moraes manda Cid tirar tornozeleira e cumprir pena em regime aberto

    Ministro não extinguiu a pena como esperavam os advogados

    Foto:  Gustavo Moreno/STF

    O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quinta-feira (30) que o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, comece a cumprir a pena de dois anos em regime aberto. Cid foi condenado por sua participação na tentativa de golpe de Estado para que Bolsonaro continuasse no poder mesmo após derrota eleitoral em 2022

    Delator da trama golpista, Cid recebeu a menor pena entre os oito condenados, depois de a Primeira Turma atestar a utilidade da colaboração para o esclarecimento do caso.

    A defesa do militar não recorreu da condenação, motivo pelo qual Moraes declarou o trânsito em julgado da ação no que se refere a Cid. Com isso, a pena deve começar a ser cumprida de forma imediata.


    Com o fim da ação, Moraes levantou também todas as medidas cautelares anteriores à condenação, entre elas o uso de tornozeleira eletrônica. O ministro marcou audiência na segunda-feira (3), às 14h, para a retirada do aparelho. Na ocasião, Cid também poderá reaver seu passaporte e todos os bens que foram apreendidos.

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    Para a defesa de Cid, o tempo que o tenente-coronel passou em prisão preventiva e domiciliar já seria o bastante para que a pena fosse declarada já cumprida. Moraes, contudo, não extinguiu a pena conforme esperavam os advogados. Primeiro, o ministro determinou que seja verificado o "período em que o réu permaneceu preso provisoriamente para fins de detração penal”.

    Bolsonaro e demais acusados apresentaram recursos no prazo legal. O julgamento dos embargos de declaração pela Primeira Turma do Supremo está marcado para ocorrer entre os dias 7 e 14 de novembro, em ambiente virtual.

    No dia 11 de setembro, por 4 votos a 1, a Primeira Turma do STF condenou Cid, Bolsonaro e mais cinco réus pelos crimes de crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.

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    Ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem foi condenado somente pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. Deputado federal em exercício, ele foi beneficiado com a suspensão de parte das acusações e respondia somente a três dos cinco crimes imputados pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

    Por Agência,NMídia Mineira.

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    Anvisa proíbe componentes cancerígenos de esmaltes em gel usados em salões de beleza

    Substâncias proibidas podem causar câncer e afetar fertilidade; estabelecimentos têm 90 dias para retirar produtos do mercado

    Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil.

    A partir da quarta-feira (29), duas substâncias químicas utilizadas na fabricação de esmaltes em gel e produtos para esmaltação com cura por luz ultravioleta ou LED foram banidas do mercado brasileiro pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária. A medida atinge o TPO (óxido de difenil [2,4,6-trimetilbenzol] fosfina) e o DMPT (N,N-dimetil-p-toluidina), componentes identificados como nocivos à saúde humana.

    A decisão da agência reguladora busca proteger tanto consumidores quanto profissionais da área de estética, especialmente manicures e pedicures que mantêm contato diário com esses materiais. Estudos apontam que o DMPT apresenta potencial cancerígeno, enquanto o TPO demonstra toxicidade reprodutiva capaz de comprometer a capacidade fértil de homens e mulheres.

    Com a nova regulamentação, o país adota critérios semelhantes aos estabelecidos pela União Europeia, que recentemente também vetou a comercialização desses ingredientes. A uniformização das normas sanitárias impede que mercadorias consideradas inadequadas em outras nações continuem sendo distribuídas em território nacional.


    A partir da publicação da resolução, ficam imediatamente suspensas a produção, a entrada no país e a concessão de novos registros ou notificações para qualquer produto cosmético contendo as substâncias banidas. O setor comercial, porém, recebeu um período de transição de três meses para cessar a venda e o uso dos itens que ainda estão nas prateleiras.

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    Ao término desse prazo, todos os registros e notificações relacionados aos produtos com TPO ou DMPT serão automaticamente cancelados pela autoridade sanitária. As companhias responsáveis pela fabricação ou importação deverão providenciar o recolhimento dos estoques remanescentes em lojas e centros de distribuição.

    A diretora Daniela Marreco, relatora da norma, destacou que a ação preventiva do Estado se justifica diante de riscos comprovadamente evitáveis. Segundo ela, embora profissionais expostos de forma contínua enfrentem perigos mais acentuados, clientes que frequentam salões também ficam vulneráveis aos efeitos prejudiciais das substâncias.

    Os danos à saúde provocados pelos componentes químicos geralmente resultam de exposições repetitivas e prolongadas. Contatos esporádicos ou pouco frequentes com os produtos representam riscos menores, mas não eliminam a necessidade da proibição.

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    A regulamentação abrange qualquer tipo de cosmético que contenha as substâncias vetadas, não se limitando apenas aos produtos para unhas. A medida reforça o compromisso da vigilância sanitária com a proteção da saúde pública através de ações preventivas baseadas em evidências científicas.

    Por Mídia Mineira.

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    quinta-feira, 30 de outubro de 2025

    Servidores municipais de Juiz de Fora param e vão às ruas contra reforma administrativa

    Categoria aderiu a movimento nacional de resistência à PEC 38, que tramita no Congresso e propõe mudanças na administração pública brasileira



    Fotos: Sinserpu-JF / Divulgação.

    Trabalhadores do serviço público municipal realizaram nesta quarta-feira (29) um ato de protesto no centro de Juiz de Fora contra a Proposta de Emenda à Constituição 38/2025, conhecida como PEC da Reforma Administrativa. O movimento teve início nas escadarias da Câmara Municipal, no Parque Halfeld, e seguiu pelo calçadão da Rua Halfeld.

    A mobilização foi organizada pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Juiz de Fora (Sinserpu-JF) e reuniu dezenas de funcionários de diferentes áreas da administração municipal. A paralisação aconteceu simultaneamente à Marcha Nacional do Serviço Público, que ocorreu em Brasília com organização da CUT e outras centrais sindicais.

    A PEC 38/2025 está em tramitação no Congresso Nacional e, conforme seu texto oficial, busca modificar normas sobre a administração pública para aprimorar governança, gestão e transformação digital, além de promover profissionalização e eliminar privilégios no funcionalismo. Entretanto, representantes sindicais argumentam que a proposta representa riscos aos direitos trabalhistas conquistados pela categoria.

    Deise Medeiros, presidente do Sinserpu-JF, afirmou durante o protesto que a PEC coloca em risco conquistas históricas dos servidores. Segundo ela, a mobilização representa uma adesão formal dos trabalhadores municipais ao movimento de resistência nacional. A dirigente sindical anunciou que novos atos estão sendo planejados e convocou a categoria a permanecer mobilizada.


    Durante as manifestações, representantes sindicais apresentaram diferentes perspectivas sobre os impactos da proposta. Raphael de Oliveira, diretor de Legislação e Assuntos Jurídicos do sindicato, questionou a manutenção de benefícios parlamentares enquanto se discute alterações nos direitos do funcionalismo. Anderson Luiz Gonçalves, diretor de Saúde da entidade, destacou a importância de preservar direitos já estabelecidos.

    O protesto também trouxe à tona questões locais envolvendo servidores municipais. Denise Medeiros, diretora administrativa do sindicato, relatou situações que classificou como assédio contra trabalhadores do Demlurb, alegando que alguns foram pressionados a não participar da assembleia. A dirigente orientou servidores que enfrentem situações semelhantes a procurarem o sindicato.

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    Alexandre Crepaldi, diretor financeiro da entidade, chamou atenção para questões relacionadas ao Saúde Servidor e cobrou fiscalização por parte dos vereadores sobre as contas do PAS-JF. Outros conselheiros sindicais também utilizaram o espaço para abordar temas como as eleições do JFPREV, previstas para ocorrer entre 3 e 7 de novembro.

    Cristina Lopes, presidente da Associação dos Servidores Públicos Municipais de Juiz de Fora (AMETA), participou do ato e manifestou críticas à reforma. O vereador Juraci Scheffer também esteve presente e declarou apoio aos trabalhadores, argumentando sobre a importância do serviço público para a implementação de políticas voltadas à população.

    A manifestação em Juiz de Fora integra um movimento mais amplo de resistência à PEC 38 que tem mobilizado servidores públicos em diversas cidades brasileiras. As centrais sindicais têm organizado atos coordenados para pressionar o Congresso Nacional durante a tramitação da proposta.

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    Os organizadores do protesto definiram pela "mobilização permanente" contra o projeto de reforma. A estratégia inclui a realização de novas assembleias e atos públicos para manter a categoria informada sobre o andamento da PEC e articular formas de resistência à proposta.

    A proposta de reforma administrativa divide opiniões no cenário político nacional. Enquanto defensores argumentam que as mudanças são necessárias para modernizar a gestão pública e eliminar distorções, os sindicatos sustentam que as alterações podem representar perdas significativas de direitos e precarização das condições de trabalho no setor público.

    Por Mídia Mineira.

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    Festival Vida, Luz e Som reúne talentos de mais de 100 jovens de Cataguases

    A grande final acontece nesta sexta-feira, 31 de outubro


    Cataguases está sendo palco de um projeto que une educação, cultura e juventude: o Festival de Música Estudantil Vida, Luz e Som. A iniciativa envolve mais de cem jovens do 9º ano da rede municipal e do ensino médio das escolas públicas e privadas da cidade, além da participação de entidades da sociedade civil, ampliando o alcance e a diversidade do festival.

    A iniciativa oferece aos jovens um espaço para a composição de músicas autorais e a expressão musical, estimulando o desenvolvimento artístico e pessoal. Ao todo, participam do festival 11 escolas e 4 instituições sociais, cada uma representada por composições inéditas criadas pelos próprios alunos. Desde o início de setembro, os estudantes contam com o apoio de mentores musicais da cidade — como Marcos Alves, Murilo Gazzola, Fred Medeiros e outros artistas locais — que atuam como orientadores nas oficinas, contribuindo para o aprimoramento das letras, arranjos e performances.

    Esses músicos atuaram como orientadores durante oficinas e encontros, ajudando os estudantes a melhorar letras, criar arranjos e se preparar para as apresentações. O resultado desse trabalho coletivo são 11 músicas autorais, que refletem a diversidade de estilos, ideias e sentimentos dos jovens participantes.


    A grande final do festival acontece no dia 31 de outubro, no Centro Cultural Humberto Mauro, com entrada gratuita (sujeita à lotação do espaço). As apresentações prometem emocionar com a energia e o talento dos estudantes, que se dedicaram intensamente ao projeto.

    Um dos momentos mais esperados será a entrega dos troféus. A música mais votada pelo público presente receberá o Troféu Elisa Nunes, enquanto os três primeiros colocados, escolhidos por um júri técnico, serão premiados com o Troféu Maria Alcina. As homenagens reconhecem duas artistas cataguasenses que marcaram a história da música e da cultura local.

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    Para Eduardo Mantovani, diretor-presidente da Energisa Minas Rio, o festival é uma oportunidade única para os jovens se expressarem por meio da arte.

    “Estamos muito felizes em apoiar um projeto que une educação, cultura e juventude. O Festival Vida, Luz e Som é uma chance de revelar talentos, fortalecer a identidade local e mostrar que a música pode transformar vidas”, afirmou.

    Mais do que uma competição, o Festival Vida, Luz e Som é uma celebração da criatividade e do potencial dos estudantes. A iniciativa mostra que, com incentivo e apoio, os jovens podem transformar suas ideias em arte e emocionar toda a comunidade. Cataguases está convidada a prestigiar e aplaudir essa nova geração de artistas.

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    Sobre o Festival

    O Festival de Música Estudantil Vida, Luz e Som é uma realização do Instituto Energisa junto ao Lar Ana Nery, com parceria da Prefeitura Municipal de Cataguases, da Secretaria de Educação de Cataguases, da Superintendência Regional de Ensino de Leopoldina e do Conselho Municipal Da Criança e do Adolescente. A produção executiva é de Gabriel Nunes Tupinambás e a direção geral, de Marcos Alves. O projeto conta com a participação de mentores musicais e artísticos locais, fundamentais na formação artística dos estudantes.

    Fonte: Comunicação Energisa

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