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    Sicred Natal Magalu
    segunda-feira, 29 de setembro de 2025

    Homem de 27 anos é encontrado morto em cova rasa na Zona Leste de Juiz de Fora

    Corpo estava enterrado às margens de estrada no Bairro Linhares; Polícia Civil investiga o caso como homicídio


    A Polícia Civil mineira confirmou nesta segunda-feira (29) a identidade do corpo descoberto no fim de semana em uma área de mata no Bairro Linhares, Zona Leste de Juiz de Fora. Trata-se de um homem de 27 anos, cujo nome não foi divulgado pelas autoridades. O caso está sendo apurado pela Delegacia Especializada em Investigação de Homicídios.

    O cadáver foi localizado às margens da Estrada Geraldino Monteiro da Silva, enterrado em uma cova improvisada a aproximadamente 10 metros da via. Uma catadora de materiais recicláveis fez a descoberta macabra ao notar que o solo havia sido revolvido e perceber um odor característico vindo do local.

    A mulher utilizou uma ferramenta para escavar superficialmente e deparou-se com restos mortais em estágio avançado de decomposição. Imediatamente, acionou as forças de segurança, que isolaram a área para os procedimentos investigativos.


    Durante os trabalhos iniciais, os policiais encontraram uma carteira de trabalho nas proximidades do local onde o corpo estava oculto. Contudo, no momento do registro da ocorrência, realizado no sábado (27), não foi possível estabelecer a identificação da vítima devido ao estado do cadáver.

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    O Corpo de Bombeiros foi acionado para realizar a escavação completa e a remoção dos restos mortais. Na sequência, a perícia técnica da Polícia Civil executou os procedimentos padrão de coleta de evidências e análise da cena.

    Após a conclusão dos trabalhos no local, o corpo foi transportado por uma empresa funerária até o Posto Médico Legal, onde passou por exames que confirmaram sua identidade. A Polícia Civil não divulgou informações adicionais sobre as circunstâncias da morte ou possíveis suspeitos.

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    Em nota oficial, a corporação justificou o sigilo das investigações, alegando que a revelação de detalhes neste momento poderia comprometer o andamento das apurações. O inquérito segue em andamento na delegacia especializada.

    Por Mídia Mineira.

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    A Geração Prateada e o Tempo Reinventado

    Quando o outono se revela primavera: como a geração acima dos 50 está transformando dor em dança, luto em música e aposentadoria em recomeço

    Foto: Marcos Gama / Mídia Mineira.

    O tempo, esse velho conhecido que insiste em nos pregar peças, anda aprontando das suas por Cataguases. Não daquelas peças cruéis, das que nos tiram o fôlego e nos lembram da mortalidade. Não. Dessa vez, o tempo resolveu ser generoso, quase cúmplice, como um barman que serve aquela dose extra quando percebe que você mais precisa do que merece.

    Foi numa terça-feira qualquer no Studio Danc'Art de Mario Júnior que a crônica da vida real superou qualquer ficção. Ali, onde o corpo se move ao ritmo de batidas que ecoam muito além dos alto-falantes, nossa reportagem encontrou quatro mulheres que decidiram que cinquenta anos não é ponto final. É, no máximo, ponto e vírgula.

    Ana Lúcia, 53 anos, descobriu na dança do ventre algo que nenhuma farmácia vende em prateleira: a possibilidade de encantar-se consigo mesma novamente. "A dança é movimento, a dança é vida", ela dispara com a convicção de quem descobriu o óbvio que todos esquecem. Há quase três anos ela insistiu com o professor para inserir as aulas, porque em Cataguases, convenhamos, é mais fácil achar agulha no palheiro do que professora de dança do ventre. Mas quando achou, agarrou a oportunidade como quem segura a última boia no naufrágio da rotina.

    Ana Lúcia descobriu a dança do ventre.
    Foto: Marcos Gama.

    O corpo feminino, esse território de batalhas silenciosas e vitórias não celebradas, encontra na dança do ventre uma espécie de reconciliação. Ana Lúcia fala de movimentos que "mexem com o ventre da mulher" com uma reverência quase religiosa. E tem razão. Em tempos onde o corpo da mulher é sempre território de opinião alheia, dançar para si mesma é ato revolucionário.

    Cláudia Maria, 63 anos, conhece bem o preço da reinvenção. Aos 51, após perder a filha (essa dor que não tem nome em idioma algum), ela teve duas escolhas: afundar nos medicamentos ou buscar outro tipo de remédio. Escolheu o piano. Durante doze anos, as teclas preto e branco têm sido sua tábua de salvação, sua terapia que não cobra por hora e não pergunta como você está se sentindo.

    Cláudia Maria resolveu estudar piano após uma grande perda.
    Foto: Marcos Gama.

    "Leveza da alma", é como ela define o que a música trouxe. Duas palavras que carregam o peso de uma tragédia transformada em melodia. A indicação médica era clara: reinvente-se ou afunde-se. Cláudia escolheu acordes em vez de ansiolíticos. E hoje, aos 63, está de pé, não depende de ninguém, e tem apenas gratidão para oferecer. "Mesmo tendo caído, pede força a Deus, levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima", ela aconselha com a autoridade de quem já dançou na beira do abismo.

    Mariana Cândida, 68 anos, carrega no peito uma paixão de adolescente: o francês. Começou aos 14, na época do curso clássico, quando se estudava francês, latim e inglês como quem aprende a decifrar o mundo. Deu aula, casou, teve filhos, criou netos, mas o francês nunca saiu da cabeça. "Je ne regrette rien", cantava Edith Piaf, e Mariana Cândida concordaria em cada vírgula.

    Mariana Cândida carrega no peito a paixão pelo francês.
    Foto: Marcos Gama.


    Aos 65, ela retomou os estudos. Hoje, divide a sala de aula com meninas jovens que estudam línguas por causa do trabalho na Energisa e em outras empresas. A convivência, diz ela, é ótima. "Às vezes eu esqueço os verbos e peço ajuda para as meninas", confessa rindo, sem nenhum constrangimento. A Lanna, crack em verbos, socorre; Mariana Cândida aprende; a vida continua em conjugação perfeita.

    Já conheceu boa parte da Europa — Portugal (duas vezes), Holanda, República Checa, até Viena, onde a filha pianista mora. Mas a França, ah, a França ainda espera. E quando for, não será como turista perdida com mapa na mão. Será como alguém que voltou para casa depois de décadas de saudade.

    Rita Barros tinha mais de 45 anos quando descobriu que havia uma escritora morando dentro dela. Professora por vocação e formação, filha do distrito de Cataguarino (o distrito que carrega a poesia no nome e na alma), ela passou décadas educando crianças antes de decidir educá-las também através de livros. Já publicou cinco, o sexto — "A Casa do Caracol" — está a caminho.

    Rita Barros virou escritora e compositora depois dos 50.
    Foto: Marcos Gama.

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    Mas não parou nos livros. Depois dos 50, compôs hinos. Para Cataguarino, para escolas, para a memória do pai folclorista. Em 2018, criou um samba-enredo em homenagem ao Sr. Zico Justino, que teve a graça de participar do desfile, de ver sua vida virar melodia. "Foi a tempo", ela diz, e nessa frase cabe toda a urgência de quem entendeu que homenagens não devem esperar funerais.

    O que essas quatro mulheres têm em comum, além da terça-feira no studio de dança? A recusa radical em aceitar que a vida tem data de validade. Elas representam uma geração que está reescrevendo as regras do envelhecimento como quem rasga um contrato abusivo.

    Porque veja bem: enquanto o mercado de trabalho brasileiro ainda trata os 50+ como peças de museu, como profissionais com prazo de validade vencido, essas mulheres (e tantos homens também) estão provando que experiência não é peso morto. É capital acumulado, é expertise que nenhum curso intensivo consegue forjar.

    As empresas mais espertas já perceberam. Contratam pessoas de 60, 70 anos não por caridade, mas por estratégia. Sabem que quem já viveu cinco décadas não entra em pânico na primeira crise, não chora no banheiro porque o cliente foi grosseiro, não pede demissão porque o chefe é chato. Já viu coisa pior. E sobreviveu.

    Mas a revolução prateada vai além do mercado de trabalho. É sobre sustentar a vida em três dimensões: financeira, mental e emocional. Porque de que adianta ter dinheiro no banco se a alma está vazia? E de que vale a paz de espírito se a geladeira está vazia?

    A dança, o piano, o francês, a literatura — essas não são apenas terapias ou hobbies para matar o tempo. São investimentos. Na saúde mental, porque mantêm o cérebro ativo, desafiado, jovem. Na saúde emocional, porque criam propósito, pertencimento, alegria genuína. E até na saúde financeira, porque nunca é tarde para transformar paixão em renda.

    E às vezes, a vida surpreende de formas que nem o roteirista mais ousado imaginaria. Três alunas do Studio Danc'Art: Edna Maria, Mariana Cândida e Rita Barros, foram convidadas para participar de um filme sobre a vida da cantora Maria Alcina. Elas, que começaram a dançar buscando apenas movimento e alegria, de repente se viram no set de filmagem, parte de uma produção cinematográfica. Algo que jamais imaginaram aos 50, 60 anos. Mas que aconteceu porque disseram sim à dança. Porque estavam lá, presentes, vivas, em movimento.

    Edna Maria, Mariana Cândida e Rita Barros, foram convidadas para participar de um filme sobre a vida da cantora Maria Alcina.
    Foto: Marcos Gama.

    Ana Lúcia, com sua dança do ventre, pode dar workshops, aulas, performances — ou estrelar em filmes. Cláudia Maria pode tocar em eventos, ensinar iniciantes. Mariana Cândida pode ser tradutora, professora particular. Rita Barros já monetiza sua arte através dos livros. Essas mulheres não estão apenas sobrevivendo à longevidade. Estão até (se assim desejarem) lucrando com ela. E, mais importante, estão sendo surpreendidas por ela.

    E há um detalhe nada desprezível: a conta da farmácia diminui. Quando você dança, toca, escreve, aprende, o corpo produz os próprios remédios: endorfina, serotonina, dopamina. Esse coquetel que a indústria farmacêutica tenta reproduzir em cápsulas, mas que nunca terá o mesmo gosto da alegria genuína.

    A geração prateada — ou platinada, como alguns preferem — chegou com uma mensagem incômoda para os jovens que acham que inovação é privilégio de quem tem menos de 30: talento não tem idade. E mais: às vezes, só tem talento quem teve tempo de cultivá-lo.

    Não é romantização barata do envelhecimento. Cláudia Maria perdeu uma filha. Mariana Cândida passou dificuldades. Rita Barros veio de um distrito onde estudar era luxo. Ana Lúcia teve que insistir, insistir, insistir até conseguir sua aula de dança. A vida não foi generosa com nenhuma delas. Mas elas decidiram ser generosas com a vida que lhes restava.

    É isso que diferencia a geração prateada: a recusa em ser vítima do próprio envelhecimento. A escolha consciente de que, depois de décadas sendo ponte para os outros atravessarem, está na hora de ser o próprio rio. De fluir.


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    O mercado de trabalho finalmente está abrindo os olhos (ou os cofres, que dá no mesmo). Empresas descobrindo que contratar cinquentões não é filantropia, é estratégia. Que essas pessoas têm muito a ensinar para os jovens que entram cheios de diploma e vazios de vivência.

    E a geração prateada não está pedindo esmola. Está oferecendo ouro. A diferença entre prata e ouro é apenas química; na prática, ambos são valiosos, ambos reluzem. E ambos foram polidos pela vida até chegarem ao ponto exato de brilho.
    Mas para construir esse futuro sustentável: financeiro, mental e emocional, é preciso começar. E começar significa superar aquela vozinha interior que diz "você é velho demais para isso". Cláudia Maria tinha 51 quando sentou pela primeira vez no piano. Mariana Cândida tinha 65 quando voltou para a sala de aula. Rita Barros tinha 45 quando escreveu a primeira linha. Ana Lúcia tinha mAis de50 quando mexeu o quadril pela primeira vez na dança do ventre.

    Se fosse tarde demais, elas não estariam aqui. Radiantes. Ativas. Vivas.

    O conselho é unânime entre elas, com pequenas variações de vocabulário mas absoluta convergência de sentido: não pare. Nunca pare. Se caiu, levanta. Se esqueceu, pergunta. Se tem vontade, faz. A idade é desculpa de quem já desistiu antes de começar.

    Porque envelhecer é inevitável. Todos nós, se tivermos sorte, chegaremos lá. Mas envelhecer sem propósito, sem alegria, sem movimento, isso é opcional. E francamente, depois de ouvir essas mulheres, parece uma opção muito ruim.

    A longevidade não é mais aquele prêmio de consolação, aqueles anos extras que você ganha mas não sabe muito bem o que fazer com eles. A longevidade é a segunda chance que a vida oferece. A oportunidade de fazer tudo aquilo que você adiou porque estava ocupado criando filhos, pagando contas, sendo responsável.

    E se você acha que é tarde, pense em Cláudia Maria tocando piano aos 63 depois de uma grande perda. Se ela conseguiu transformar a maior dor do mundo em música, você consegue começar aquele curso que está adiando. Se Mariana Cândida aos 68 ainda conjuga verbos em francês sem vergonha de errar, você consegue aprender aquela habilidade nova. Se Rita Barros publicou cinco livros depois dos 45, você consegue escrever aquele primeiro parágrafo.

    A geração prateada não veio para ficar na arquibancada vendo o jogo dos jovens. Veio para entrar em campo. E está jogando tão bem que, francamente, muita gente mais nova devia parar de olhar para o próprio umbigo e começar a prestar atenção.

    Porque no tempo da geração prateada, como diria o poeta, o outono é apenas outra palavra para primavera. E primavera, todos sabemos, é tempo de florescer.

    Então floresça. Não importa que seja inicio de semana. Não importa que você tenha 50, 60, 70 anos. Não importa que você nunca tenha dançado, tocado, escrito ou conjugado um verbo em francês na vida.

    Comece.

    O tempo, esse velho cúmplice, está do seu lado. E a conta da farmácia, pode acreditar, vai agradecer, o farmacêutico talvez não.

    Por Marcos Gama / Mídia Mineira.

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    Lar São Vicente de Paulo realiza missa em celebração ao santo padroeiro

    Cerimônia religiosa reuniu vicentinos e idosos da instituição no último sábado



    Da esquerda para a direita: Ricardo Spínola, presidente do Lar São Vicente de Paulo e Padre Márcio Arthur.

    O Lar São Vicente de Paulo, em Cataguases, realizou no último sábado (27/09) uma celebração religiosa em homenagem ao santo que dá nome à instituição. A data marca o Dia de São Vicente de Paulo, figura importante para os trabalhos assistenciais desenvolvidos pela Sociedade de São Vicente de Paulo.

    A cerimônia contou com a presença do padre Márcio Arthur, que conduziu a liturgia. Diversos membros da Sociedade de São Vicente de Paulo participaram do evento, incluindo José Francisco Ferreira, ex-presidente da Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI), e Celeste Leonardo, que ocupa a presidência do Conselho Central de Cataguases.


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    Durante a celebração, os participantes tiveram oportunidade de conviver com os residentes do lar. A interação proporcionou momentos de confraternização entre vicentinos e idosos acolhidos pela instituição.

    A Sociedade de São Vicente de Paulo mantém trabalhos voltados ao amparo de pessoas em situação de vulnerabilidade. A data celebrada no sábado é considerada significativa para os membros da organização, que desenvolvem atividades assistenciais em diversas cidades brasileiras.


    Por Mídia Mineira.

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    Homem é preso após efetuar disparo durante cobrança de dívida em Cataguases

    Suspeito de 35 anos foi detido no Bairro Ibraim Mendonça após acionar arma em frente à casa de devedor


    Um homem de 35 anos foi detido na manhã desta segunda-feira (29/09) no Bairro Ibraim Mendonça, em Cataguases, sob acusação de efetuar disparo com arma de fogo durante tentativa de cobrança de dívida. O caso ocorreu por volta das 9 horas e mobilizou equipes da Polícia Militar.

    Segundo informações da corporação, o suspeito, identificado apenas pelas iniciais G.G.D.R., deslocou-se até a residência de J.B.B. com o objetivo de cobrar um débito pendente. Durante a abordagem, o morador teria sido surpreendido quando o visitante sacou uma arma, situação que o levou a buscar refúgio dentro da própria casa.

    Momentos após a fuga da vítima para o interior do imóvel, moradores da região relataram ter ouvido o som de um disparo. O alerta imediato à polícia desencadeou operação de busca na área.


    As equipes policiais conseguiram identificar e interceptar um veículo Jeep Renegade de cor branca, que teria sido utilizado pelo autor para deixar o local. Na abordagem ao automóvel, além do suspeito principal, foram encontrados outros dois ocupantes. Todos passaram por revista pessoal, mas nenhum objeto ilícito foi localizado com os acompanhantes.

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    A perícia no local do ocorrido permitiu a apreensão de uma cápsula deflagrada de calibre .40. Checagens posteriores revelaram que o detido possui registro de uma pistola do mesmo calibre, reforçando os indícios contra ele.

    Com base nas provas coletadas e nos depoimentos, o homem foi autuado por três crimes: disparo de arma de fogo, ameaça e exercício arbitrário das próprias razões. Após os procedimentos de praxe, foi encaminhado à Delegacia de Polícia Civil de Cataguases, onde o flagrante foi confirmado pela autoridade policial.

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    O suspeito permanece à disposição da Justiça, que deverá avaliar as circunstâncias do caso e definir os próximos passos do processo. A vítima prestou depoimento e não sofreu ferimentos físicos durante o incidente.

    Por Mídia Mineira.

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    Portal Mídia Mineira recebe reconhecimento por divulgação de campanha de doação de órgãos

    Evento realizado pela APRAC celebrou o Setembro Verde e destacou trabalhos que ampliam conscientização sobre transplantes na Zona da Mata

    Marcos Gama, diretor do Site Mídia Mineira recebeu a homenagem das mãos de Rafael Moreira, presidente de Honra da APRAC.


    O mês de conscientização sobre doação de órgãos ganhou um momento especial em Cataguases na última semana. Durante celebração organizada pela Associação dos Pacientes Renais de Cataguases (APRAC), realizada no Manto Verde, profissionais e voluntários que contribuem para a causa receberam reconhecimento público.

    Entre os homenageados estava Marcos Gama, responsável pelo portal Mídia Mineira. A distinção veio como reconhecimento pelo trabalho contínuo de divulgação de informações relacionadas à doação de órgãos e aos tratamentos de hemodiálise, temas que ainda carecem de visibilidade na região.

    A placa entregue durante a cerimônia destacou a atuação do veículo em levar notícias e conteúdos de conscientização para Cataguases e municípios vizinhos. O Setembro Verde é uma campanha nacional que busca sensibilizar a população sobre a importância da doação de órgãos e tecidos, além de esclarecer dúvidas sobre o processo.

    Segundo informações apresentadas no evento, o trabalho desenvolvido pelo portal tem sido importante para fortalecer a causa e dar maior alcance às ações da associação. A APRAC atua no apoio a pacientes renais e suas famílias, além de promover campanhas educativas sobre prevenção de doenças renais e a necessidade de doadores.


    A homenagem reflete o reconhecimento da sociedade civil organizada ao papel da comunicação na construção de uma cultura de solidariedade. Quando veículos de imprensa dedicam espaço regular para temas de saúde pública, contribuem para amplificar mensagens que podem salvar vidas.

    O Brasil ainda enfrenta desafios significativos em relação à doação de órgãos. Apesar de ter um dos maiores programas públicos de transplantes do mundo, a fila de espera permanece extensa, com milhares de pessoas aguardando por um órgão compatível.

    A conscientização da população é considerada fundamental para aumentar o número de doadores. Muitas famílias ainda têm dúvidas sobre o processo ou não conhecem a posição de seus entes queridos sobre o tema, o que pode dificultar a autorização no momento necessário.

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    Um ponto crucial que o Setembro Verde enfatiza é a necessidade do diálogo familiar. No Brasil, mesmo que a pessoa tenha manifestado em vida o desejo de ser doadora, a decisão final cabe aos familiares. Por isso, conversar abertamente sobre o assunto com pais, filhos, cônjuges e irmãos é essencial para que a vontade do possível doador seja respeitada.

    Muitas doações deixam de acontecer justamente pela falta dessa conversa prévia. Em momentos de dor e luto, a família que desconhece a vontade do falecido tende a negar a doação por medo de estar contrariando seus desejos. Quando há clareza sobre a posição da pessoa, a decisão se torna mais tranquila e assertiva.

    Especialistas recomendam que essa conversa aconteça em momentos cotidianos, sem dramaticidade. Manifestar o desejo de ser doador durante uma refeição em família, por exemplo, pode ser suficiente para que todos fiquem cientes dessa vontade. O importante é que o tema seja abordado de forma natural e que todos os membros da família tenham conhecimento.

    Iniciativas como o Setembro Verde buscam justamente preencher essa lacuna de informação. Durante todo o mês, organizações de saúde, associações de pacientes e voluntários promovem palestras, eventos e campanhas nas redes sociais para esclarecer a população. A campanha, que ocorre desde 2014 no país, ganhou força nos últimos anos e já se consolidou como um dos principais momentos de mobilização em torno da causa.

    O mês de setembro foi escolhido por coincidir com o Dia Nacional da Doação de Órgãos, celebrado em 27 de setembro. A cor verde simboliza a esperança de uma nova vida para quem aguarda na fila de transplantes. Durante esse período, prédios públicos e monumentos são iluminados de verde, e materiais informativos são distribuídos em unidades de saúde e espaços públicos.

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    A participação da imprensa local nesse movimento é vista como estratégica. Veículos regionais têm a capacidade de dialogar diretamente com suas comunidades, usando linguagem acessível e abordando realidades próximas ao cotidiano das pessoas.

    O evento no Manto Verde reuniu pacientes, familiares, profissionais de saúde e apoiadores da causa. A programação incluiu momentos de confraternização e troca de experiências, fortalecendo a rede de apoio que se forma em torno dos pacientes renais.

    A APRAC desenvolve trabalho continuado ao longo do ano, oferecendo suporte aos pacientes em tratamento de hemodiálise e promovendo ações de prevenção. A associação também atua como ponte entre pacientes e o sistema de saúde, facilitando o acesso a informações e serviços.

    As homenagens prestadas durante o evento reforçam a importância do trabalho em rede. Quando diferentes atores da sociedade se mobilizam em torno de uma causa comum, os resultados tendem a ser mais expressivos e duradouros.

    Vale lembrar que um único doador pode beneficiar até oito pessoas com a doação de órgãos e melhorar a qualidade de vida de muitas outras através da doação de tecidos, como córneas, pele e ossos. Essa informação revela o impacto transformador que uma simples conversa em família pode ter, gerando um legado de solidariedade que transcende a própria existência.

    Por Mídia Mineira.

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    sexta-feira, 26 de setembro de 2025

    APRAC anuncia clínica própria e homenageia profissionais em evento sobre doação de órgãos

    Associação de pacientes renais de Cataguases amplia atendimento com equipe multidisciplinar e celebra Setembro Verde

    A Associação dos Pacientes Renais de Cataguases (APRAC) promoveu um evento especial na última quarta-feira, dia 24 de setembro, para marcar dois momentos importantes: a conscientização sobre doação de órgãos, em alusão à campanha Setembro Verde, e o anúncio de uma clínica própria da instituição.

    O encontro, realizado sob o tema "Sonho em realização", reuniu pacientes, familiares, profissionais da saúde e autoridades locais em uma programação que mesclou entretenimento e informação. A noite contou com apresentação musical da dupla Thaylis Carneiro e Beto Pavão, além da animação dos palhaços Doutores da Alegria.



    Entre os convidados especiais, destaque para a presença do ex-jogador de futebol Airton Ribeiro Santos, conhecido simplesmente como Airton. O ex-volante, que defendeu grandes clubes como Flamengo, Botafogo, Internacional e Benfica (Portugal), além de Fluminense e equipes do Chipre e Iraque, atualmente trabalha como auxiliar técnico do Aymorés, de Ubá, que disputou a primeira divisão do Campeonato Mineiro neste ano.



    A grande novidade anunciada durante o evento foi a nova clínica própria da APRAC, que oferecerá atendimento multidisciplinar aos pacientes renais. O novo equipamento contará com profissionais especializados, incluindo psicólogo, fisioterapeuta, advogado, nutricionista e médico clínico geral. A iniciativa foi viabilizada através de emendas parlamentares apresentadas pelos ex-vereadores Rafael Moreira, Silvio Romero e Rogério Filho durante a legislatura anterior.

    A apresentadora do evento, Aline Milane, destacou o significado especial da data para a associação. Segundo ela, a noite representou um marco na história da APRAC, celebrando não apenas conquistas materiais, mas principalmente as pessoas que lutam diariamente contra a doença renal e aqueles que oferecem apoio.



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    Rafael Moreira, presidente de honra da APRAC e ex-vereador, compartilhou sua experiência pessoal como transplantado renal. Ele recebeu o órgão de seu tio e relatou como a experiência transformou sua perspectiva de vida. Moreira explicou que após o transplante passou a valorizar cada momento e decidiu dedicar-se à causa dos pacientes renais, cumprindo uma promessa feita ao doador. Durante o evento, ele recebeu uma homenagem surpresa da diretoria da associação pelo seu trabalho e dedicação.

    Cristiane Mazine, diretora do SICOOB Copemata, representou os parceiros da instituição e discursou sobre a importância do trabalho desenvolvido pela APRAC. Ela enfatizou o orgulho da cooperativa de crédito, nascida em Cataguases, em apoiar essa iniciativa social.



    A programação incluiu ainda a entrega de homenagens a personalidades que contribuíram para o desenvolvimento da assistência aos pacientes renais na região. Foram reconhecidos: Maria Inês Dal Bianco, ex-diretora do Hospital de Cataguases; o próprio Airton Santos; Sousa Mendonça, radialista; Marcos Gama, diretor do Site Mídia Mineira; Mário César Fialho de Oliveira, contador; e o médico Lúcio Lanziere, responsável pela hemodiálise no Hospital de Cataguases.

    O Dr. Lúcio Lanziere recebeu uma surpresa especial: a nova clínica da APRAC levará seu nome em reconhecimento aos serviços prestados. A placa com a homenagem foi entregue por Rafael Moreira na presença dos familiares do médico, em um momento emocionante da noite.




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    O enfermeiro Gabriel Domingos, da equipe de transplantes de Juiz de Fora, conduziu uma palestra educativa sobre a importância da doação de órgãos e o funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS) nesse processo. A apresentação reforçou a mensagem central do Setembro Verde sobre a necessidade de diálogo familiar quanto à doação.

    Ao final das apresentações formais, organizou-se uma roda de conversa que permitiu aos participantes esclarecer dúvidas diretamente com os profissionais e homenageados presentes. O evento foi encerrado com um coffee break, proporcionando um momento de confraternização entre todos os participantes.

    A iniciativa da APRAC representa um avanço significativo no atendimento aos pacientes renais de Cataguases e região, oferecendo um suporte mais completo e humanizado para quem enfrenta os desafios da doença renal crônica.

    Por Mídia Mineira.

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